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Um rio sem fim
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História do (mau) encontro entre a Igreja Católica e populações indígenas amazônicas. Maria Assunção e Rosa Maria, meninas indígenas educadas numa missão religiosa, são levadas por missionárias para trabalhar na casa de famílias ricas de Manaus, e de lá precisam traçar seus caminhos para a liberdade.
Como os povos indígenas poderiam imaginar que aquele punhado de homens que aqui desembarcaram, em 1500, seria capaz de acabar com o mundo que conheciam até então? Plantas, animais, rio, terra, serras e gentes, tudo quanto havia neste lugar que viria a se chamar Brasil ou cedeu ante o domínio colonial ou foi exterminado. Era o impensável.
Um rio sem fim conta essa história precisamente sob a inédita perspectiva do impensável. A prosa de Verenilde Pereira é robusta, circunspecta e sofisticada. Repleta de dobras poéticas, expressa uma imaginação literária miraculosa. O olhar indígena – projetado nas figuras de Maria Assunção e Maria Rita – que anima o espírito do livro é movido por um profundo desejo de liberdade, redenção e desagravo.
Walter Benjamin tem uma passagem famosa na qual pressagia que “nem os mortos estarão em segurança se o inimigo vencer. E esse inimigo não tem cessado de vencer.” Verenilde Pereira escreve para pôr termo a esse ciclo.
“Quanto mais a água é represada, mais ela explode em violência. Um rio sem fim chegou a mim como lágrimas dos povos originários e negros, contando-me sobre suas vidas com a força, a sinceridade e a coragem de quem não apenas escreve, mas vive em profundidade uma história que também é sua. Verenilde Pereira representa a voz em letra da ancestralidade afro-indígena brasileira. Infinitas sejam as leituras que este livro possa provocar!” — Conceição Evaristo
“Verenilde me guiou pelas trilhas da floresta numa época em que a Amazônia não tinha apelo como um lugar de produção de sentido para o mundo. Ela anteviu isso. Dessa perspectiva, narra a tragédia que ela e seus irmãos e irmãs viviam como uma antecipação do que Davi Kopenawa chama de a queda do céu: uma espécie de fim do mundo que se prenunciava — e todo dia se atualiza — como Um rio sem fim.” — Ailton Krenak
Páginas | 184 |
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Data de publicação | 01/07/2025 |
Formato | 23.2 x 15 x 1.1 |
Largura | 15 |
Comprimento | 23.2 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | FIC019000; FIC089000; FIC059000 |
Classificações THEMA | FB |
Idioma | por |
Peso | 0.282 |
Lombada | 1.1 |